Caraá é mais um estado de espírito do que um lugar específico para visitar.

Saindo da região litorânea do morro da Borússia, em direção a Caraá, passa-se pelas franjas da Serra Geral, quase um Jurassic Park rural para os habitantes das grandes cidades.

A estrada acompanha o Arroio Bocó, o primeiro afluente do Rio dos Sinos, dando o nome para a igreja do Bocó de 1927, que deve ter alguma história para contar. Chegando-se no Rio dos Sinos encontra-se e igreja São Pedro da comunidade de Fraga, onde se realiza em fevereiro a Festa Regional do Feijão e do Imigrante Italiano.

Logo adiante Caraá, um pequeno município emancipado em 1995 a partir de Santo Antônio da Patrulha, abriga as nascentes do rio dos Sinos e várias cascatas de fácil acesso como a de Vila Nova. ( https://www.youtube.com/watch?v=rLZB9MfCnHo )

Os primeiros habitantes de Caraá foram os indígenas que deram o nome à localidade, devido à farta existência de um produto que servia de matéria prima para seus artesanatos, esse produto, era uma planta, chamada caraá, uma taquara fina utilizada para ornamentação.

Bem mais tarde chegaram os luso-açorianos, iniciando um povoamento esparso, principalmente nas trilhas de tropeiros que desciam a Serra Geral em busca das terras baixas do litoral e da várzea do RS, atravessavam assim o Rio dos Sinos entre outros. Sua colonização começou com a chegada dos imigrantes e com os incentivos do Governo Federal, transformando-se o lugar na chamada Vila Nova em 1888, que levou mais progresso para o hoje município de Caraá, através dos muitos imigrantes, principalmente italianos que em Caraá se estabeleceram.