21/05/2025

2021 - Pedras do Silêncio

No Parque Pedras do Silêncio, a história da imigração germânica é contada por intermédio de esculturas.

O Parque conta com mais de 80 obras em arenito, criadas por três escultores gaúchos. A medida que se caminha por uma bela área, as esculturas vão retratando cenas da imigração alemã, tipos de ofícios, personalidades e costumes da cultura que foi trazida com os imigrantes.

Depois da independência do Brasil, em 1822, a região sul era um problema de segurança e infra estrutura para o governo central brasileiro recém liberto de Portugal. A região fazia parte de constantes disputas de terras entre portugueses e espanhóis sendo pouco desenvolvida e povoada, comparada às regiões sudeste e nordeste do país.

Para assegurar a ocupação das terras o governo brasileiro iniciou um programa de imigração, propagandeando na Europa as vantagens do novo país. Ofereceu vantagens (nem sempre cumpridas) às famílias interessadas a residir no sul do Brasil, como: passagens, direito à cidadania, isenção de impostos e direito a posse de uma ou duas colônias de terras (24 a 48 ha). Como consequência Nova Petrópolis foi fundada em 7 de setembro de 1858 por imigrantes alemães oriundos da Pomerânia, Saxônia, Boêmia e do Hunsrück, dos quais descendem a maioria dos seus habitantes.

A cidade foi o centro de uma das 8 importantes Colônias Provinciais do Rio Grande do Sul, suportando núcleos agrícolas que a circundavam. Criaram-se ali os líderes e profissões que são retratadas no Parque Pedras do Silêncio.

O nome da cidade foi em homenagem a Sua Majestade do Brasil D. Pedro II (Nova Petrópolis = nova cidade de Pedro). Estes imigrantes, apesar de sua heterogeneidade conseguiram iniciar um processo cultural específico da região, com a interação dos elementos culturais importados e os encontrados na região, vindos dos “tropeiros” que desciam dos Campos de Cima da Serra com suas manadas, rumo aos mercados urbanos.

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Os Escultores: Cristovão Hullen Nasceu em 01 de Abril de 1956 na cidade de Três Passos, no Rio grande do Sul, Brasil. Começou seu contato com a arte de esculpir no ano de 1976, inicialmente trabalhando somente em madeira. Com o passar do tempo também começo a usar a técnica de esculpir em concreto. Autor de muitas esculturas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, Cristovão Hullen teve obras em exposição na FUNART – Brasilia e no Sagão da Assembleia Legislativa do RS. No Esculturas Parque Pedras do Silêncio, teve o seu primeiro contato com o arenito pela necessidade das obras ficarem expostas ao ar livre. A partir de 2013 dedicou seu tempo a fazer obras em arenito, contando a história da imigração germânica para o Parque. Rogério Bertoldo Nasceu em 15 de maio de 1969, na localidade de São João dos Mellos, interior da cidade de Julio de Castilhos. Artista autodidata, desperta para o universo das artes em uma manhã de outono de 2000. Autor de centenas de esculturas figurativas que representam, segundo o autor, sua consciência espiritual, que estão expostas no espaço o qual nomeia de “Jardim das Esculturas” que está localizado onde reside. No Esculturas Parque Pedras do Silêncio, Rogério Bertoldo mergulhou na história da imigração germânica a ser contada, mudando sua residencia para Nova Petrópolis por uma temporada, dedicando-se a esculpir 46 obras que fazem parte do acervo do parque. Rodrigo de Azevedo Nasceu em 1982 na cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul. Atualmente reside em Pareci Novo. O artista tem contato com a arte de esculpir desde seus 18 anos. No Esculturas Parque Pedras do Silêncio é possível admirar uma de suas obras.

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